Segundo a Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (AURESIDE), o uso de automação residencial deve crescer 20% até 2023.
“O esforço das empresas em buscar a simplificação dos sistemas para que qualquer pessoa consiga usar com facilidade está fazendo com que esse mercado cresça rapidamente”, afirma Douglas Strabelli, fundador e CEO da Sagewood Construction, que atua nos Estados Unidos desde 2001. Ele também destaca a sustentabilidade como ponto chave das novas tecnologias para uma casa inteligente. “São inovações como automação para economia de luz, cortinas que abaixam para manter a temperatura amena, reduzir gastos com ar condicionado e sistemas modernos de energia solar e irrigação, por exemplo”.
Para você que é iniciante no assunto, enumeramos 5 principais dúvidas e suas respectivas respostas sobre essa transformação digital. Vamos lá?
- “De quais objetos estamos falando quando nos referimos a dispositivos para casas inteligentes?”
Hoje, os dispositivos mais utilizados são aqueles relacionados à segurança, como fechaduras digitais, detectores de fumaça, vídeo porteiro, acionador de porta, sensores e câmeras. Temos também os assistentes virtuais, que são dispositivos capazes de executar comandos apenas com uma ordem de voz do morador.
Além dos aparelhos que promovem a inteligência em dispositivos tradicionais, como o smart box (que possibilita o uso das funções que estão presentes apenas em smart TVs). Isto é, existem dispositivos que já possuem inteligência embarcada e aqueles cuja função é ajudar a adaptar e controlar objetos para que operem de modo inteligente.
- “Quais cenários/aplicações são possíveis criar a partir desses dispositivos?”
Esses aparelhos proporcionam conforto e praticidade para os residentes, e os cenários de aplicação são diversos: indo da segurança até o entretenimento. Ao sair de casa, por exemplo, basta apenas um comando no assistente virtual para desligar todos os equipamentos, verificar se as portas e janelas estão trancadas e ativar o sistema de alarme.
Ao final do dia, quando estiver voltando para casa, o sistema de iluminação inteligente irá garantir mais segurança ao acender as luzes, mesmo antes da sua chegada. Pode ser usado também, para simular presença em caso de viagem e até mesmo agir na economia de energia, programando de acordo com a rotina da sua família.
Com a fechadura digital, ao receber uma visita, é possível autorizar o acesso da pessoa, basta apenas um toque no app instalado no seu smartphone. Ao pedir um delivery, o vídeo porteiro é uma ferramenta para a sua segurança e praticidade, ele irá permitir que você converse com o entregador e receba a encomenda sem precisar se deslocar.
As câmeras e sensores irão identificar janelas abertas, tentativas de invasão, vazamento de gás e detecção de fumaça, e você irá receber um alerta no seu smartphone.
- “Se eu perder a conexão com a internet, meus dispositivos inteligentes param de funcionar?”
Depende. O sistema pode continuar funcionando, mas sem a comunicação com a internet não é possível o acesso remoto as informações dos dispositivos ou enviar notificações para o usuário. Com isso, existem dois caminhos que você pode tomar: contar com uma conexão de qualidade, a qual tem velocidade de internet e distribuição do sinal adequada, ou buscar usar aparelhos com protocolo ZigBee, que cria uma rede local.
O ZigBee é um tipo de protocolo sem fio, que assim como o Wi-Fi e o Bluetooth, é uma conexão muito utilizada em dispositivos de automação residencial. Com ele, os equipamentos comunicam-se entre si, criando uma rede independente que eleva a confiabilidade do sistema e reduz as perdas de sinal. Isso certifica mais segurança e velocidade para a casa conectada. Outra vantagem é que os produtos com a tecnologia ZigBee continuam funcionando mesmo com a internet instável ou desconectada.
No caso da ausência de eletricidade, o recomendado é a adoção de um Nobreak, ele irá manter os sistemas funcionando mesmo em casos de quedas de energia.
- “É seguro ter uma casa inteligente?”
Encontram-se equipamentos cuja comunicação entre os dispositivos, aplicativo e serviço em nuvem são criptografados, isso quer dizer que só poderão ser acessados se concedido pelo administrador. Mesmo que a senha seja descoberta por terceiros, o indivíduo com o acesso principal recebe uma notificação e poderá excluir o intruso.
Disponibilizar uma rede Wi-fi separada para os visitantes também aumenta a segurança do seu sistema, porque você não precisará mostrar a senha da sua conexão principal.
- “Para ter uma casa inteligente, é preciso fazer obras complicadas?”
Não. A instalação é fácil e não exige quebra de paredes. Além disso, caso queira mudar de residência, você pode transferir seus equipamentos facilmente para a nova moradia. Abaixo você encontra o que é essencial para uma casa inteligente:
- Roteador de qualidade;
- Determinar a forma de automação em sua casa (se será em apenas um cômodo ou em todos, quais dispositivos serão automatizados, etc)
- Escolher um bom aparelho (tablet, smartphone…) para executar os comandos;
- Adquirir equipamentos compatíveis.
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